parte 2 – Princípios para adequação da Instituição de TI ao modelo de governança
por Fernando Cássio, em novembro de 2015
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Que fios deverão ser desencapados e que conexões deverão ser realizadas para obter uma estrutura, com recursos, informações, processos e conduta, visando garantir uma forma de organização, com poder e domínio suficiente para fomentar o segmento da informática no governo? Possivelmente, estas seriam as primeiras indagações. Produção, produtividade e eficiência são os outros elementos que compõem a receita. O que se espera dessa organização e como estará ajudando o ambiente público? São aspectos que projetam múltiplos vínculos e desdobramentos. Exige um ordenamento lógico. O intuito maior é definir e enquadrar as competências legais, amarrada com a atuação operacional, formuladas a partir de um desenho institucional, vinculando princípios da ciência e da política, propondo uma trajetória evolutiva. Rever sua forma de atuação e referendar um plano de ações mais alinhando numa incansável e persistente trilha de transformação. Como aproximar às estratégias ao operacional, ou melhor, o planejamento estratégico [agregando e sintonizando o plano de governo, os planos dos segmentos públicos e o plano da própria organização] ao seu planejamento operativo? Este será o desejo, o desafio, o caminho e o alvo. E que representação ou modelo qualificaria o processo de liderança e o processo de governança? Afinal, esta não é uma instituição voltada para si! Ela deve funcionar como um maestro, equilibrando o ritmo e a empolgação, atuando de forma transversal no ambiente público, regendo diferentes participantes, entendendo suas realidades e carências, propondo direcionamentos e promovendo a unidade. Com capacidade para auscultar e prever oportunidades, impondo racionalidade e padronização. Com capacidade para rastrear carências, monitorar desempenhos e ramificar culturas. Com capacidade para prover ações e uma dinâmica com base no mercado emergente de TI e nos condicionantes técnicos e políticos. Que disponha de um corpo técnico adequado aos direcionamentos que se propôs a executar, com ampla visão e participação sobre áreas de negócios e suas problemáticas e com capacidade resolutiva para desenvolver soluções conjuntas, retendo conhecimento e mantendo controle sobre elementos estratégicos de propriedade do governo. Que traga para si a responsabilidade sobre demandas corporativas de TI, elegendo e dedicando maior atenção sobre aquilo que é considerado estratégico, garantindo ao Estado, aos governos temporais e a sociedade, que dispõe de talento suficiente para atuar e construir parcerias [internas e com fornecedores], projetando melhorias para a máquina pública e dinamizando a oferta de serviços públicos, com maior nível de eficiência e satisfação para todos. Que consegue agregar o ambiente público, propondo ações e projetos numa produção pública coordenada e coesa, reduzindo encargos e ônus, sustentando confiabilidade na movimentação de recursos orçamentários e financeiros, além do municiar o governo, ampliando sua capacidade em gerir negócios e aperfeiçoar processos.
CAPÍTULO I – OS PRIMEIROS DESAFIOS – Para desenvolver tamanha consciência e competência corporativa, essa instituição deverá conciliar informações de diversas camadas – tratando e integrando dados para ampliar o seu desempenho gerencial e administrativo, assim como deverá disponibilizar, essa teia de informações, para outros níveis do governo. Deverá adicionar relevância e visibilidade na medida em que induz melhoria na qualidade da produção pública. Deverá ofertar meios para ampliar a precisão nas previsões e estudos técnicos do governo, nas simulações e controles, com destaque sobre gastos [custos e despesas, não apenas de TI] e a adoção de processos inovadores que tragam resultados para a população, além de produtividade e eficiência para o Estado. Para tanto, como medidas iniciais, seria conveniente e necessário: (1º) coordenar e captar as informações dos Planos Diretores de TI – PDTI, dos diversos órgãos e instituições, verificando as particularidades [entre projetos, atividades e necessidades tecnológicas], realizando a consolidação desses dados, processando e determinando à valoração, para em seguida, propor um chamamento no sentido de acompanhar e avaliar, destacando àquelas demandas [empreendimentos] que se enquadram como estratégicos para o governo, fomentando à tomada de decisões [onde couber e nos tempos administrativos], a partir dos comitês setoriais de TI, do comitê central de TI e do núcleo de governo, determinando investimentos e priorizações [quando e onde investir em TI]. Nessa sequência, será necessário ampliar a interação colaborativa, envolvendo pessoas, tecnologias e procedimentos, reduzindo o isolamento funcional, a partir de medidas que ampliem às conexões eletrônicas e físicas. Haverá a necessidade de definir e conceber bancos de informações e novos cruzamentos, proporcionando maior domínio gerencial, com práticas de acompanhamento e análise de progresso sobre aquilo que se deseja gerir. Isto implica em dizer, de partida, que há uma exigência quanto à análise e adequação dos dados [utilizados e processados] nos sistemas que refletem os eventos públicos, os quais, invariavelmente, estão com condições de abordagem retratando basicamente controles lineares. Este novo momento propõe vigor e inteligência gerencial, rebuscada no consumo de dados mais complexos. (2º) utilizar os resultados produzidos pela formulação da “Estratégia Geral de TI – EGTI”, quando serão identificadas as diretrizes corporativas para os recursos de TI e quando serão definidos os princípios, as políticas e os objetivos para seu alinhamento às estratégias de governo e de Estado. O mosaico que agrupa os principais temas tecnológicos [Software, Hardware, Infraestrutura de TI, Recursos Humanos em TI] sugere outros grupos que complementam a gestão [Custos/Despesas, Metadados e Propriedade do Conhecimento Estratégico] compondo a essência daquilo que deve ser observado e impondo, de forma provocativa, a necessidade de uma avaliação e homologação conjunta. Durante o desenvolvimento do EGTI serão formuladas as definições estratégicas, a composição e o detalhamento das propriedades de cada grupo e suas práticas, além do detalhamento de cada um dos seus elementos. Caberá, adicionalmente, no rol das preocupações, desenvolver sustentações administrativas, tecnológicas e culturais, para dar garantias ao cumprimento dessas conformidades. Exigirá outras conexões e mais informações estruturadas. Além disso, também vai requerer práticas de monitoramento e avaliação, dos resultados e dos impactos desse ordenamento. O EGTI estará influenciando no comportamento da máquina pública, padronizando formas de consumo dos recursos de TI e também estará influenciando na formulação das estratégias operacionais da instituição de TI, prevendo, de forma complementar, a necessidade do reordenamento da sua estrutura organizacional, com a concepção e redefinição de funções e perfis, inserindo, revisão das competências e responsabilidades, além das adaptações nos processos de produção.
Acima de tudo, estas duas iniciativas metodológicas [PDTI e EGTI] são formas de instigar o desenvolvimento organizacional na máquina pública. São gatilhos para dar início, sistematizado e progressivo, de um processo abrangente de mudança. São proposições que projetam um ambiente cognitivo, mais propício à gestão integrada, baseado em um potencial aparato gerencial e aparato produtivo, onde se emprega diversas formas de informações, conexões e derivadas tecnologias, simultaneamente envolvendo estruturas, processos e mecanismos de integração. Tudo em prol de um modelo de funcionamento mais racional e equilibrado. Existem, portanto, causas e razões suficientes para que se imprima um novo ritmo e um esforço conjunto no sentido de impulsionar a adequação do segmento da informática de governo, garantindo legítimo espaço e formato à Instituição de TI, substanciando outros arranjos governamentais, contribuindo para que se tenha unicidade de pensamento e modernidade. Em suma, estes indutores tem abrangência de cura da ineficiência e alívio das pressões, produzindo os seguintes efeitos: (a) os Planos Diretores de TI determinam os direcionamentos dos órgãos, cabendo a consolidação dessas demandas, transformando e otimizando em um denso conjunto de proposições de governo, onde o alinhamento resgata a cultura de planejamento. Sistematiza e abranda os anseios [funcionais e sociais] e mantém o ânimo geral, prospectando oportunidades, onde a criatividade, a inventividade e a racionalidade remetem para a busca de soluções [compartilhadas e inovadoras], referendando um modelo integrado com ampla visão sobre os problemas, alinhando diversidade e resultados; (b) a Estratégia Geral de TI, que determina um sentido único no comportamento público, exigindo outras construções junto ao ambiente administrativo, apropriando governança, gestão e administração; (c) o Grau de Maturidade Tecnológica do Estado, que determina a mensuração do estágio tecnológico sob diversos aspectos, considerando o emprego das tecnologias no funcionamento da máquina, na sistematização dos processos gerenciais e nos processos produtivos, clarificando a necessidade evolutiva e possivelmente determinando as trilhas para alcançar um estágio mais avançado de modernização pública.
CAPÍTULO II – CONDICIONANTES DA MUDANÇA – é importante ressaltar os aspectos que devem condicionar esse processo de superação: (1º) Estruturas – devem ser concebidas a partir das determinações do EGTI, apontando, na matriz de responsabilidades, quais as instituições e atribuições que atuam em prol do sistema de informática de governo – sua organização e seu funcionamento. Na concepção das estruturas não podem ser desconsideradas: (a) a existência e oficialização dos comitês – central e setorial de TI, para garantir o espaço permanente de avaliação coletiva em TI, cujo momento administrativo permite ampla participação democrática das diversas unidades administrativas, alinhamento e manutenção do tema nas preocupações estratégicas de qualquer governo; (b) que haja esmero técnico na construção das estruturas organizacionais, refletindo o cuidado na associação entre responsabilidades, procedimentos e respectivas linhas de produção, pautando uma construção técnica em detrimento às pressões políticas; (c) que exalte a necessidade da existência de representantes de TI [“CIO” ou “Chief Information Officer”] na linha de comando das diversas instituições, assegurando que haja maior equilíbrio e preocupação no desenvolvimento com TI e na avaliação política, assegurando maior sintonia entre o núcleo de direção da instituição com suas áreas de negócios; (d) que conceba a instalação de Escritórios de Projetos, para coordenar e garantir a implementação das ações de TI, nos prazos, custos e demais precondições planejadas, garantindo maior efetividade; (2º) Processos – devem ser garantidas as formalizações dos diversos processos de negócios [entre (i) processos de governança, (ii) processos de gerenciamento – suporte e controle e (iii) processos operacionais], prevendo, durante a modelagem, otimização de esforços e ciclos, a redução da burocracia e a inserção de boas práticas e métodos científicos [reportando indicadores de desempenho, COBIT, Acordos de Níveis de Serviços, Retorno de Investimentos, PMI, normas e regulamentos, etc..], inclusive, inserindo meios que facilitem a tramitação, a transparência e a publicidade, auxiliando, inclusive, na sustentação e no aperfeiçoamento do governo eletrônico; (3º) Mecanismos de Integração – fomentar meios, organizacionais e tecnológicos, para que haja: (i) adesão e sinergia dos agentes e gestores públicos; (ii) consenso e conhecimento quanto aos modelos, processos e conformidades praticados e exigidos no âmbito público; e (iii) uniformidade nas práticas de consumo de tecnologias. O intuito é de disseminar uma cultura organizacional e estabelecer padrões comportamentais, para que haja sintonia e alinhamento de procedimentos e equidade nas decisões sobre aquilo que deve ser investido e produzido, bem como a correspondência dos atos e a corresponsabilidade dos atores que estarão envolvidos na produção com TI, reduzindo ruídos que depreciam o cotidiano público.
CAPÍTULO III – CAMINHO PARA A ADEQUAÇÃO – Quais seriam os principais encaminhamentos para tornar a Instituição pública de TI mais capaz? E que demandas do Estado seriam concentradas na sua engrenagem? Numa visão mais ampla, o uso das tecnologias no ambiente público corrobora em dois sentidos: (1º.) melhorar o funcionamento interno da estrutura do Estado, em sintonia com a agenda de governo; (2º.) oferecer inovação, racionalidade e agilidade na produção de serviços públicos. Caberá, através do EGTI, detalhar e legitimar o conjunto necessário de atribuições para atender à aplicação das tecnologias nestes dois sentidos. Induzirá à compreensão coletiva e às sustentações políticas. Antecipamos possíveis características que estarão a cargo da Instituição de TI, ainda com base nos resultados do PDTI e EGTI: (1º) Cuidar dos serviços compartilhados – verificar nas diversidades dos órgãos públicos, quais as necessidades comuns em TI, propondo soluções com ganho de escala e melhoria na eficiência operacional, amparados por aspectos legais, técnicos, geográficos e econômicos; (2º) Incentivar integrações – impulsionar a modelagem de processos de negócios, construindo arranjos que resultem em uma sistemática de produção mais ágil, um ambiente físico com maior grau tecnológico e um ambiente eletrônico mais próximo daquilo que se exige de uma organização que atua de forma integrada, capaz e competente; (3º) ampliar os instrumentos de gestão, administração e segurança – investigar necessidades e fornecer melhorias tecnológicas e funcionais aos níveis estratégico, tático e operacional, das instituições e do núcleo de governo, através do incremento do crescente conjunto estruturado de sistemas de informações, possibilitando refinamento no exercício gerencial e administrativo, além da garantia de segurança sobre o acervo dos dados estatais, definindo as estruturas dos metadados e suas utilizações; (4º) fomentar o uso intensivo da TI – propiciar parcerias com a iniciativa privada para o desenvolvimento de ações conjuntas, no sentido da inovação e do avanço na evolução do ambiente público, inclusive com recursos provenientes de agentes públicos e privados, financiadores de processos de mudanças; (5º) coordenar as tecnologias – atuar no sentido de formular e desenvolver iniciativas e criações tecnológicas, incentivando ações conjugadas ou setoriais, com base nos princípios, nas diretrizes e políticas de TI, exercitando meios para ampliar a cultura no ambiente público e a oferta de serviços públicos com maior dedicação tecnológica.
CAPÍTULO IV – FORMA DE ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO – Como adequar a Instituição de TI para atender essa nova realidade administrativa [baseada em EGTI e PDTI], coordenando, de forma descentralizada, uma rede de instituições, pessoas e intenções? Que habilidades deverão ser incorporadas para: (i) gerir o uso dos recursos de TI; (ii) desenvolver, acompanhar e monitorar ações [projetos e atividades] em TI; e (iii) ofertar informações estratégicas para consumo gerencial pelo Estado? E como garantir que este ambiente público seja deflagrador da governança? Não haveria de existir um modelo único ou ideal! Cada organização precisa desenvolver seu próprio plano de implementação, levando em consideração o seu contexto. Contudo, deve conciliar os seguintes aspectos: (1) reduzir, ao máximo, as interferências e pressões, coibindo as tentativas de burla ou desvio aos modelos propostos; e (2) garantir, ao máximo, o domínio sobre o ambiente produtivo, criando condições favoráveis em processos e sistemas de informações voltados para este fim.
O desenho do modelo de organização e funcionamento do segmento de informática de governo, bem como o desenho do modelo de organização e funcionamento da própria Instituição de TI refletem os princípios construídos no EGTI, assim como as consequências desses princípios, observando: (a) os padrões, normas e práticas que disciplinam e orientam à utilização dos recursos de TI, inclusive às aquisições e contratações de bens e serviços; (b) os instrumentos e os processo que consolidam as demandas de TI, desde o planejamento, a análise técnica e a avaliação econômico-financeira na definição de modelos de projetos, de contratações e na formulação dos processos licitatórios, onde o poder compra do Estado deve ser destacado, considerando sempre que possível o alinhamento estratégico da TI com os objetivos e a agenda da administração pública; (c) a eficiência técnico-administrativa com transparência, desburocratização, agilidade no tramite e no ciclo de execução, redução dos custos operacionais, eliminação dos atos indiscriminados e desassociados, assim como a determinação de indicadores de desempenho nos diversos processos, os quais deverão ser reajustados a cada ciclo de avaliação; (d) o senso de liderança na condução e coordenação técnica das tratativas e abordagens sobre informática de governo, garantindo observância e anuência aos princípios da governança de TI e zelo quanto à qualidade, à autonomia e à responsabilização.
Neste contexto, várias iniciativas estratégicas deverão ser colocadas em prática, observando: (1) registro dos eventos de TI – dispor de meios eletrônicos para registrar, consolidar, acompanhar, controlar e avaliar todas as ações de TI, descritas nos planos diretores, assegurando vínculo com os processos de aquisições de bens e serviços de TI, os comparativos de valores contratuais, além do registro dos aditamentos, convênios e termos de cooperação técnica, correlacionando os fatos que deram causa e origem; (2) bloqueio orçamentário, técnico e financeiro – formular processos que determinem etapas de checagem e avaliação [com aumento da regulação administrativa], enquadrando todas as demandas de TI das instituições, no sentido de associar estes eventos aos instrumentos de planejamento e ao contexto corporativo, inclusive as movimentações orçamentária e financeira [na subfunção 126], para propiciar outros eventos e desdobramentos, onde o conceito corporativo deve ter preferência nas ponderações; (3) estratégia de atendimento das demandas de TI – centralizar as demandas de TI das instituições, enquadrando entre setoriais [de uso exclusivo para uma determinada organização], estratégicas ou corporativas, cabendo exclusiva atenção da Instituição de TI, sobre àquelas que são consideradas de uso comum ou de uso estratégico [quando podem causar impacto ou comprometimento à imagem do governo], criando procedimentos específicos para este fim. (4) tratamento de informações com visibilidade estratégica – mapear necessidades de consumo de informações e sistemas no atendimento à melhoria da gestão, envolvendo os núcleos de direção e as áreas de negócios; (5) laboratórios de inovação – estabelecer meios para desenvolver projetos estratégicos e corporativos em TI, associando necessidades públicas com tecnologias de mercado, empregando equipes multidisciplinares e parcerias [envolvendo fornecedores e unidades de negócios], garantindo acomodação de novas culturas e apropriação do conhecimento no âmbito público.
Em resumo, este material sintetiza apenas o conjunto teórico sobre o aperfeiçoamento da governança em TI, respondendo para onde precisamos ir. Indica os objetivos estratégicos. Contudo, mais uma vez ressaltamos que os arcabouços foram didaticamente utilizados apenas para concretizar pensamentos estratégicos e facilitar o desenvolvimento das iniciativas, que devem prever um abrangente plano de trabalho. Caberá, oportunamente, fazer uso dos especialistas em transformações e mudanças [consultores em gestão pública], questionando por onde começar.
Porém, nada disso seria levado a efeito se não houvesse estreita relação no contexto governamental, quando a aplicação e a gestão das tecnologias proporcionam desempenho no funcionamento da máquina, facilitando sobremaneira à resolução dos problemas sociais através da execução das políticas públicas. Os princípios de TI, as arquiteturas, as estratégias, as infraestruturas, as necessidades de aplicações de negócios e os investimentos em TI são aspectos que convergem para este fim. Compreende um esforço, equilibrado e racional, no sentido de (i) reduzir as incertezas, gerando informações úteis para avaliação da forma de atuação e para as futuras agendas; (ii) para corrigir e prevenir falhas; (iii) para responder se os recursos, que são escassos, estão produzindo os resultados esperados e da forma mais eficiente possível; (iiii) para identificar as barreiras que impedem o sucesso; (iiiii) para promover o diálogo; e (iiiiii) para fomentar a coordenação e a cooperação.
Será um longo caminho, cujas ações indutoras de mudanças [caracterizadas na implementação dos 04 domínios do COBIT] propõem acertos em pleno voo. Requer sorte e empenho no seu desenvolvimento. Requer confiança, credibilidade e envolvimento. Requer crença e perseverança para desencapar os fios e fazer as conexões corretas. Um desafiador trabalho, que certamente conduzirá ao fortalecimento institucional e uma melhor atuação em rede, garantindo uma construção baseada em princípios republicanos, considerando a transparência como principal fator que conduz ao aprimoramento da máquina pública e seus processos. E assim, o tema não se limita a essa conjectura, pois é passível de permanente evolução. Quiçá, haverá, inclusive, repercussões positivas junto à sociedade…
Veja a parte 1 dessa crônica
Veja também a crônica que trata da Concepção e Desenvolvimento da Estratégia Geral de TI.
Veja também a crônica “Quem deveria ingerir PDTI” e a crônica “PDTI – Posologia e Tratamento“.